Rafael Domingos, ou melhor Bobô da Cuíca é escritor e sambista. Nascido e criado na várzea, como gosta de dizer, no antigo campo do Imperial Serrano, Conjunto Celso Machado. Lá aprendeu as mumunhas do jogo da malha e futebol, e principalmente, a observar os mais velhos nos butiquins.

 

Estreou no samba como compositor, em 2003, foi classificado para o festival de samba inédito da COOPERSAMBA, cooperativa de sambistas de Belo Horizonte. Suas composições em parceria com Alexandre Resende foram pras cabeças do festival e, para defendê-las, montaram o grupo Clã do Jabuti. A partir daí o grupo começou a se apresentar nas melhores casas da época, como Cartola, Reciclo e Ziriguidun, além de outros festivais e calouradas, tendo a honra de abrir o show de Elza Soares e Vander Lee.

 

Sua cuíca, que aprendeu tocar sozinho, e a encourar com Tião da Cuíca, participou de vários cds e gêneros musicais, como os discos do Neno Grande, Grupo Patuá, Black Pio, Karlo Capo e Geraldo Vianna.

 

Bobô integrou a bateria das escolas de samba Império da Nova Era, Cidade Jardim e Acadêmicos de Venda Nova.

 

Como radialista foi um dos idealizadores do programa Batuque na Cozinha, na Rádio UFMG Educativa, sendo apresentador e programador musical por onze anos. Atualmente é o responsável pela programação do Almanaque do Samba na Rádio Inconfidência AM.

 

Publicou em 2017 seu primeiro livro de contos, O animal derrengado. 

 

Suas composições passeiam pelos diversos gêneros musicais. Entre seus parceiros estão Tino Fernandes, Alexandre Resende,  Caiau, Conde Nogueira,Cabral, Paulo Rocha, Daniel Pantoja, Gugu de Souza, Rafael Formiga e mais recentemente Marina Gomes e Silvério Pontes.