Frederico Lazarini, conhecido também como Nêgo Véio, cresceu admirando e respeitando o ofício de seu pai, um chorão e pandeirista de mão cheia, conhecido em Belo Horizonte como Siqueira do Pandeiro.  Ainda menino, ao lado do pai, brincava com o pandeiro e o tantã e gostava do som. Mas foi com 20 anos que ele resolveu se dedicar à carreira musical, profissionalmente.

Começou pelo ritmo mais nordestino do mundo, o forró, e bem longe das montanhas de Minas. Para se dedicar ao forró, Frederico foi pro sudeste, mais precisamente para o Espírito Santo. 

Lá, tocou o forró nordestino com um tempero mineiro. Do forró, passou a investir na capoeira, no maculelê e nas rodas de samba. A mistura de ritmos o possibilitou experimentar a percussão e logo se apaixonou. A paixão o levou a Europa, onde divulgou a cultura brasileira, a arte, a dança e a percussão.  

Por lá, ficou dois anos e de volta ao Brasil, se engajou em movimentos sociais. Deu aulas e oficinas em várias regionais de Belo Horizonte, por meio da Prefeitura de BH. Ate então, o artista ainda não tinha atentado que seu negócio era mesmo choro e samba.

Numa felicidade do destino, conheceu o cantor e compositor mineiro, Miguel Dos Anjos.  O encontro resultou numa parceria, pra lá de frutífera. Juntos participaram de movimentos como o Samba da Madrugada e, no Bar A Casa, o  Samba do Compositor, um espaço aberto para os autores mostrarem sua arte e sua obra.  Por lá, passaram Ivone Lara, Ney Lopes, Moacyr Luz, Almir Guineto, Tia Surica, Monarco, Dorina, dentre outros bambas.

Frederico se orgulha de ter tocado ao lado dessas feras e complementa a lista de parceiros, com os quais já teve oportunidade de trabalhar: Auzier Vinícius, Armandinho da Bahia, Yamandu Costa, Altamiro Carrilho. Frederico se orgulha de ter tocado com esse time da pesada que movimenta o choro em BH. 

O músico foi puxador oficial da escola de Samba Cidade Jardim, fez parte do grupo Sarau Brasileiro, de Geraldinho Alvarenga, tocou por quase vinte anos na casa Pedacinho do Céu e atualmente faz parte do Clube do Choro de BH, acompanhando o cantor e radialista Acir Antão, além de fazer parte do grupo Orapranois, que se apresenta por toda a cidade.

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