Foi com um ano e meio de idade que Juan Leonel Monteiro se apaixonou pelo samba. Acompanhando os pais ao “Pagode do Rei”, no Bar Purarmonia, o bebê não dava um pingo de trabalho. Pelo contrário, se sentia feliz ao ouvir a batucada e prestava atenção em todos os detalhes. E quando chegava o sábado, se ninguém se manifestasse, ele já logo dava o grito: “Rei”, “Rei”, “Rei”, querendo dizer: “Hoje é dia do Pagode do Rei!” Por causa disso, o local virou parada obrigatória dos pais.
Durante a semana, seu brinquedo preferido era uma peneirinha de suco de plástico que ele ficava raspando a unha e dizendo, num idioma todo especial: “Anjo, anjo, anjo”, querendo dizer “banjo, banjo, banjo” e “Inho, Inho, Inho” era cavaquinho. O pai, para agradar o garoto, comprou aquele violãozinho de madeira, no Mercado Central, e fez a alegria do pequeno. Mas, o sambista mirim não parou por aí. Para completar, precisava de um “Tal, tal, tal”, que traduzindo, veio a ser um pedestal. Com todo esse aparato, fazer música se tornou sua brincadeira favorita.
Em casa, o menino prodígio aprendeu a mexer sozinho no DVD, não para ouvir “Galinha Pintadinha” ou “Peppa”. Seu negócio eram os programas “Quintal do Pagodinho’ e “Revelação”.
Nos pagodes que frequentava, Juan gostava de imitar os músicos. Se tivessem boné, queria boné, e não podia faltar a toalhinha na perna ou no pedestal, chegou a colocar tranças para ficar parecido com Xande de Pilares, vocalista do Grupo Revelação. O menino foi se interessando cada vez mais pela música percorrendo vários pagodes, ao lado dos pais, e sempre encantando a todos que o assistiam. Juan era incentivado por músicos como Dé Lucas, Ederson Melão, Manu Dias, Rafael Leite, Robson Batata e Gisele Couto, que atualmente é sua professora. E em todas as rodas em que estava era convidado a dar canjas.
Logo, Juan chamou atenção da mídia local e nacional. O pequeno foi personagem de matéria no Jornal Super, na TV Galo, foi capa na revista Fui sambar, participou do Alterosa Esportes e do Balanço Geral. Além disso, foi convidado a participar do programa “Raul Gil”, prestando uma homenagem ao cantor Diogo Nogueira. Juan já esteve com Mumuzinho, Zeca Pagodinho, Péricles, Arlindo Cruz, Grupo Bom Gosto, Belo, Ferrugem, Turma do Pagode e Pixote.
Mas uma das maiores alegrias que a música lhe trouxe foi ser escalado para uma roda de samba no CT do Galo, seu time de coração e sua outra grande paixão. Ali, o garoto fez uma roda de samba, ao lado de ídolos como Marcos Rocha, Robinho, Elias. E foi a música também que possibilitou seu encontro com jogador de futebol e pagodeiro, Ronaldinho Gaúcho.
O mais recente ‘brinquedinho’ que pediu foi um banjo verde, para imitar seu grande ídolo, Arlindo Cruz. Pedido prontamente atendido pelos pais, que garantem que o filho não é artista, é apenas uma atração à parte nas rodas que participa. Atualmente, Juan faz aula de canto, banjo e percussão. Se Juan ainda não é artista, falta pouco, muito pouco para o menino brilhar e fazer bonito no mundo da música.
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