O instrumentista Rudney Dias Carvalho dos Santos foi uma das grandes figuras do samba mineiro. Integrou a Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova e a Okolofé, de Ipatinga, no Vale do aço.
Nascido em 1972, Rudney Carvalho começou a tocar cavaquinho muito cedo, aos 10 anos de idade, acompanhando o pai, Triskey, mestre do violão de sete cordas, nas rodas de choro e samba. Aos 13, já se apresentava no Curral do Samba, no Bairro São Paulo, em Belo Horizonte, um dos principais celeiros do samba na década de 1980.
Já participou de vários grupos – Raízes do Samba , Magnatas, Sambeaga , Grupo Favela Samba Show, entre outros –, chegando a se apresentar por 15 anos no saudoso Terreiro Samba Show, grupo liderado por Fabinho e Ricardo Barrão.
“Nessa época o grupo era uma coqueluche. Tocávamos em todas as casas de samba da cidade, principalmente a Beija Flor do Samba, do nosso amigo Denner, aos domingos! Era a época da fita cassete e os artistas renomados da época não tinham banda. Então, a gente acompanhava todo mundo: Bezerra da Silva, Jovelina, Marquinhos Satã, entre outros”, recorda-se Rudney, que ficou oito anos como integrante da banda da cantora e compositora Aline Calixto.
O último grupo foi o Nossa Roda BH, ao lado de Juninho Baú, Gatão, Tico do Pandeiro, Rodrigo Martins, entre outros.
Rudim tem ainda experiência internacional. Tocou no Canadá, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Argentina. Em 2016, ele subiu ao palco do Montreux Jazz Festival, nas comemorações dos 50 anos do maior e mais tradicional festival de música do planeta, realizado na Suiça. O cavaquinhista integrou a banda do cantor e compositor Nil Lus, convidado de Quincy Jones, o curador do Festival e criador da gravadora Motown, que impulsionou a música negra norte-americana.
“Não tenho palavras pra agradecer esse grande amigo, músico e poeta Nil Lus pelo convite. Vai ser a realização de um sonho no qual daremos o melhor de nós para que seja a primeira de muitas viagens juntos!", escreveu Rudney Carvalho em sua página no Facebook, ao anunciar sua participação do Festival de Montreux.
De fato, a presença do Rudinho no palco sagrado da música mundial coroa uma trajetória de muitos serviços prestados à musica e, sobretudo, ao samba.
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