LAGOINHA

Jun 26 2018 /

22/03/1934 – Belo Horizonte (MG)

Aos 87 anos, Milton Rodrigues Horta, o Lagoinha, é um nome de respeito na história do samba de Belo Horizonte. Aos 17 anos, já cantava e tocava vários instrumentos de percussão. Na década de 1950, inaugurou a TV Itacolomi, a primeira rede de televisão de Minas Gerais, e a primeira também a manter um programa de auditório, ao vivo. Lagoinha cantou na Rádio Itatiaia, quando sua sede era ainda na cidade de Nova Lima. Cantou na Rádio Inconfidência, no programa de Aldair Pinto e passou pelo programa Céu Azul Soares, nome curioso de um animador de programa de TV e locutor de rádio, famoso naquela época.

Participou também de concursos de músicas, promovido pelo radialista Rômulo Paes, onde foi várias vezes campeão. Ainda na Rádio Inconfidência, foi campeão do concurso carnavalesco Ari Barroso, levando para casa um troféu, do mesmo nome. A marchinha que deu a ele a vitória se chamava Leiteiro, e era mais ou menos assim: “Leite demoro/e o bebê chorou. Foi culpa do leiteiro/que ainda não chegou. Chora, chora, chora neném. Eu acho que o leiteiro /hoje não vem”.

Lagoinha foi o representante de Minas Gerais na Rádio Nacional, no Programa César de Alencar, no Rio de Janeiro. Foi fundador da Escola de Samba Cidade Jardim e participante do grupo de samba Tempero da Vila, ambos em Belo Horizonte.

Em 1957, gravou seu primeiro disco, ainda em 78 rotações, depois vieram os Long Plays e os compactos. Ao todo, são mais de 30 discos. Lagoinha compôs muitas músicas, mas sua composição mais famosa é Adeus, Lagoinha, gravada por grandes nomes da música mineira, inclusive pelo radialista e cantor, Acir Antão. Uma passagem importante de sua vida foi a participação no livro Hilda Furacão, do escritor mineiro Roberto Drummond.

Integrante da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, desde sua fundação, Lagoinha participou em 2020 da websérie Sambista da Vez, projeto patrocinado pela MGS, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.


Contato: (31) 2515-6512

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