O homenageado era o mineiro Geraldo Pereira, sambista símbolo da “malandragem carioca”, representado por um time formado pelos conterrâneos Toninho Geraes, Lucas Fainblat e Marcelle Motta, reforçado pelos talentos de Marina Íris e Nego Alvaro.
Em meio a um ambiente futurista, morada da música contemporânea brasileira, o público foi convidado a fazer uma viagem ao Brasil das décadas de 1940 e 1950, por meio da vida e da obra de um dos mais geniais compositores da MPB. Mas o samba de Geraldo Pereira vai mais além, atual, nos transporta para a realidade do presente e sedimenta nosso futuro.
Sob a direção musical do cavaquinhista Alessandro Cardoso, o “Regional do Almanaque” também entrou em cena com Leandro Saramago (violão), Rogério Siri (flauta e gaita), Netinho Albuquerque (pandeiro) e Marco Basílio (surdo).
“O LabSonica é aberto a todos os sons e todos os gêneros e hoje temos o prazer de receber o samba, no mês da Consciência Negra, com uma homenagem aos 100 anos do Geraldo Pereira, recebendo esse projeto incrível que é o Almanaque do Samba”, disse o gestor de Cultura do Oi Futuro, Roberto Guimarães, ao dar boas-vindas ao público presente no edifício do instituto, na rua Dois de Dezembro, no Flamengo, no Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (23/11).
De fato, foi uma experiência única mesmo. Tanto para os artistas e músicos que se apresentavam de dentro do estúdio, quanto para mim, que fazia a apresentação do pocket show.
O ambiente intimista de estúdio, a iluminação em tons “quentes” e a acústica perfeita proporcionaram as condições ideais para que histórias fossem contadas e músicas apresentadas com qualidade, despertando o interesse do público manifesto em meio a vultos, conversas e aplausos.
O resultado foi sensacional. Uma hora e meia de muita prosa, bem ao estilo mineiro, dança e música de qualidade. Um dia histórico para o samba, que cada vez mais se institucionaliza, se desenvolve e se fortalece, resistindo ao tempo.
Um belo gol do Almanaque do Samba - A Casa do Samba de Minas Gerais, sob a produção de Jacqueline Martins (colacomigoquetusamba), fotografia de Bete Freitas e apoio de Dercília Souza.
Quem perdeu a transmissão ao vivo da edição especial do Almanaque do Samba no Rio de Janeiro pode conferir na página do Oi Futuro no Facebook. Clique aqui.