Natural de Timóteo (MG), Mandruvá era músico autodidata e colecionou participações em diversos eventos, como no Festival Prato da Casa, em Divinópolis (2016 e 2017); Festival de Inverno da UFMG (Conservatório da UFMG, 2016); Virada Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte (2013); Dia Nacional do Samba (2006); 3º Festival de Arte Negra 2006 (FAN); e na abertura do show da cantora Alcione e do grupo Fundo de Quintal (2005).
Participou da websérie "Sambista da Vez", do projeto Almanaque do Samba, e, em 2020, recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
Atuou como diretor do Conselho Fiscal no Sindicato dos Músicos Profissionais de Minas Gerais, e fundou a Velha Guarda do Samba.
Mas sua maior contribuição com o samba de Minas foi a criação de oito grupos na capital. O primeiro que participou foi o Partideiro do Ganzê, tendo o pandeiro como seu instrumento principal. Depois vieram Ritmistas do Samba, Fina Flor do Samba, Nossa Raiz, Descontrasamba, Samba em Grande Estilo e Os Pretões.
No carnaval de Beagá, Mandruvá teve uma trajetória bonita e relevante. Em 2010, ele teve cinco sambas-enredo de sua autoria cantados na avenida.
Campeão em blocos caricatos e escolas, como o Aflitos do Anchieta e Nossa Raiz e em várias escolas de samba, o compositor teve participações na Unidos dos Guaranis, Canto do Alvorada, Monte Castelo, Cidade Jardim, Imperavi de Ouros e Inconfidência Mineira.
Mandruvá estava tratando um enfisema pulmonar, na capital. Ele será velado e homenageado na quarta-feira (11), às 17h, no Cemitério Parque Terra Santa, no bairro Nações Unidas, em Sabará (MG).