Almanaque do Samba
A casa do Samba de Minas Gerais
MATEUS UAI
Belo Horizonte – 5/10/1958
Filho de Benedito José dos Santos e Maria Augusta Jesus dos Santos, nascido e criado no bairro Horto, zona Leste de Belo Horizonte, Mateus Uai é um dos compositores de mão cheia. Tem sambas gravados por Ivo do Pandeiro e Neno Grande, participações em várias rodas e uma estrada cheio de curvas. Iniciou sua carreira ainda menino, participando de programas de calouros na extinta TV Itacolomi.
Após perder, segundo ele, uma disputa para Conrado no programa de calouros do radialista Dirceu Pereira, Mateus Uai se juntou a irmãos e amigos para montar o grupo Família e depois fundou o Black Uai.
Morou uns tempos na casa de familiares no Rio De Janeiro, onde teve oportunidade de frequentar as rodas de samba, principalmente o buteco do Arlindo Cruz. De volta a Belo Horizonte, passa a apresentar suas composições, como Morada do Samba, Verdadeiro Brasileiro, Jogo da Vida e Colorido do Amor, sucesso nas rodas de samba da cidade.
Atualmente, Mateus Uai faz participações em shows e se apresenta com frequência no samba do Bloco dos Percadores, a cada 15 dias no Bar do Orlando em Santa Teresa.
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Contato: (31) 99867-1222
REINALDO DO CURRAL
Belo Horizonte – 03/07/1951
Não se pode falar em samba em Belo Horizonte e não citar Reinaldo do Curral. Produtor, amante da música e batalhador incansável pela valorização da cultura, principalmente do samba, há 48 anos. A história de Reinaldo Avelar da Silva com a música começou com uma banda chamada Banda do Zé Doido. Tocavam MPB, forró e música regional. Nada de samba.
Nesta época, Reinaldo trabalhava no Matadouro Municipal da Cidade, no Bairro São Paulo, na Região Nordeste de BH. E morava com a família em um dos muitos cômodos cedidos aos funcionários pela empresa, no Curral do Matadouro.
E foi ali mesmo, dentro do lote do matadouro, que montou um boteco chamado “Curral”, aonde para as pessoas chegar, precisavam passar por baixo da cerca do lote. Ali, elas se encontravam para tocar um violão, bater um papo. Ele lembra que, de tanto pendurar as contas dos artistas no balcão, quebrou quatro vezes. Mas não desanimou.
Quando se preparava para fechar de vez o boteco, foi alertado, por outro sambista, Barbanacho do Pandeiro, que aquele local era ideal para se montar uma roda de samba. Reinaldo acreditou. E daí surgiu uma das casas de sambas mais tradicionais de BH, o Curral do Samba.
Era um local bem simples, mas cheio de charme, de terra batida e os banheiros eram uma atração à parte: o masculino era identificado com uma placa onde vinha o escrito “Bois” e o feminino, “Vacas”. As rodas de sambas eram aos sábados e aos domingos, todas as vezes lotadas. E com a presença, sempre, dos principais sambistas mineiros. Logo, o Curral do Samba serviu de palco para grandes nomes do samba nacional. Passaram por lá Jovelina Pérola Negra, Lecy Brandão, Arlindo Cruz, Bezerra da Silva, Neguinho da Beija Flor – este fez seu show debaixo do pé de jabuticabas da casa, e muitos outros.
O tempo passou e o Curral do Samba segue firme, no mesmo endereço e com o mesmo charme. Atualmente, funciona também como estúdio de gravação, onde Reinaldo atende sambistas que desejam gravar seu CD. E, vez por outra, apresenta projetos especiais de samba.
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Contato: (31) 98916-9170
CURRAL DO SAMBA
O Curral do Samba é um local simples, aconchegante e cheio de histórias. Foi fundado por Reinaldo Avelar da Silva há 48 anos. Ele começou como um pequeno boteco, no lote do Matadouro Municipal, no Bairro São Paulo, onde Reinaldo trabalhava.
Os clientes adoravam o boteco e nem se importavam em passar debaixo de uma cerca de arame farpado para tomar aquela cerveja gelada. Não demorou muito para que o charmoso lugar se transformasse em “Curral do Samba”, a histórica casa de samba de BH, onde o som comia solto, durante os fins de semana.
O tempo passou e o Curral do Samba continua lá, no mesmo lugar. Atualmente, às sextas-feiras, há apresentação do projeto “Sexta Show”, com Raimundo do Pandeiro e o Grupo A Cor do Som, sempre com a participação de um convidado especial, a partir das 20h.
Além disso, a casa funciona como um estúdio de gravação que atende a sambistas interessados em gravar CDs ou realizar outros tipos de gravação, e está de portas abertas para a realização de eventos culturais.
Principais tira-gostos: Caldos e porções
Dias de funcionamento: Durante a semana, horário comercial. Fins de semana, de acordo com os eventos culturais.
Valor do couvert: R$ 10
Formas de pagamento: dinheiro e cartões de débito e crédito
Local: Rua Maria Pietra Machado, 123 – Bairro São Paulo – Belo Horizonte – CEP 31910070.
Como chegar: Ao lado do Batalhão da Polícia Militar, no Bairro São Paulo.
Contato: (31) 99744-4777
BAR DO BOIZINHO
O senhor Zé Boi é figura conhecida no Bairro São Paulo, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Depois de ganhar a vida trabalhando com bois, montou um bar. Seu filho, Neilor Alves, resolveu seguir o mesmo caminho e, em 2015, inaugurou o Bar do Boizinho. O nome é uma homenagem ao pai.
Para incrementar o negócio, Neilor criou o projeto “Terça sem Lei”, o dia em que o tira-gosto era de graça. Os amigos gostaram da ideia e foram chegando. Passavam por lá Barbanacho do Pandeiro, Bira Favela, Rudney, Waguinho, Mário da Viola, Ricardo Barrão, Juninho Baú. Daí foi um pulo para a “Terça sem lei” virar um encontro encantado de músicos e nascer uma roda de samba muito especial, batizada de “Encontro dos Amigos”.
Para agradecer o carinho, Neilor criou pratos em homenagem aos músicos. Por lá, podemos degustar, por hora, o Arroz na chapa Mario da Viola e Barbanacho do Pandeiro, as omeletes Ricardo Barrão e Fernando Bento.
Neilor conta orgulhoso que recebeu a visita ilustre soteropolitano Nelson Rufino, que experimentou seus petiscos e aprovou. O comerciante já pensa em criar um tira-gosto em homenagem ao compositor. Enquanto isso, ele convida: “Tá com fome? Vai no Boi e come!”.
E se for terça feira, além de comer, você arrasta a cadeira e dança!
A roda é todas às terças-feiras, das 19h às 22h.
Principais tira-gostos: Macarrão na chapa, omeletes, pão com linguiça, sanduíche, espetinho, panquecas, arroz na chapa.
Dias de funcionamento: De terça a domingo. Das 16h ao último cliente.
Valor do couvert: Não cobra.
Formas de pagamento: dinheiro e cartão de débito.
Local: Rua Maria Pietra Machado, 120 – Bairro São Paulo – BH – CEP 31910070.
Como chegar: Próximo ao Posto Policial do Bairro São Paulo. Em frente ao Curral do Samba.
Contato: (31) 97582-6872
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